Tuesday, December 12, 2006

Varrendo as baratas

depois de uma licensa necessária para conseguir acabar a época de avaliações nas faculdades, temos que colocar esse blog de volta à ativa.

então nada melhor do que uma reflexão sobre a música em 2006, ano que está já quase que nem o pinochet; é tipo o fidel. bem, no todo eu diria que o ano foi, em matéria de música, muito bom. principalmente no que diz respeito a artistas antigos, como o TV on the Radio, Neil Young, Bob Dylan e, como vocês entenderão mais pra baixo, Magnolia Electric Co. todos esses artistas lançaram discos muito bons, e conseguiram prolongar a sua discografia - às vezes bem extensa, às vezes nem tanto, mas sempre boa.

no entanto, considerando disco por disco, não houve esse ano uma obra prima de verdade. nenhum dos grandes discos do ano tiveram aquela genialidade necessária para se tornar um verdadeiro "disco do ano"; não são como foram The Soft Bulletin, ou o Yankee Hotel Foxtrot ou até mesmo o Funeral, que foram discos que realmente marcaram o ano, e a vida daqueles que tiveram o prazer de escutá-los. então, para quem aprecia uma média, matemática, exata e fria, foi sim um ano bom; mas para quem prioriza um surto de genialidade, mesmo que fugaz temporalmente, mas que é em sua amplitude, eterno, esse ano foi fraco.

é claro que tudo isso pode ser revertido, se prestarmos um pouco de atenção a mais num disco que parece numa primeira ouvida obscuro, esquisito, e que foi colocado de lado desde o seu lançamento. estou falando do Fading Trais, o disco lançado esse ano pelo Magnolia Electric Co. - a banda que continua os passos do ex-Songs:ohia Jason Molina. o disco é foda... o que mais posso dizer? ele é meio desengonçado, mas acerta na beleza de suas conções e arranjos displicentemente perfeitos. tenho uma grande impressão que ele vai salvar o ano de 2006. vai trazer para esse ano bom, mas bonitinnho demais, um pouco de genialidade emocional, que não se preocupa com formas, ou fórmulas, mas só com a beleza e a música em si. pode-se pedir mais?



Magnolia Electric Co. - Fading Trails

por Arthur

Tuesday, December 05, 2006

Superhits!



Superguidis - Superguidis

Daqui a pouco, se os outros responsáveis por este blog não desencanaram de vez, vamos todos botar a cara pra bater e dizer o Top 10 discos do ano de cada um. Então eu não poderia perder a chance de disponibilizar para todos um dos que estarão com certeza na minha lista. É lógico que vou ouvir xingos de todos os lados, mas se você quer saber, foda-se, eu escutei incontáveis vezes este disco e me impressiono toda vez. Bom, chega de mistério.

Viva o Superguidis! Um dos melhores discos do ano sim. Disco nacional? Melhor certeza. Com melodias que passeiam pela beleza indie pop de Pavement e Teenage Fanclub, esse álbum passaria fácil por uma coletânea. Seqüência de hits absurda. As faixas vão mudando e você se perde na escolha da que você mais gosta. Guitarras distorcidas e bateria seca moldam um pop rápido e bem feito. Mas o que mais impressiona no disco são as letras. Tratando a vida com uma simplicidade maravilhosa, as letras são sensíveis, porém diretas. Você escuta e logo associa com alguma lembrança própria. Você lembra e se pergunta: porra eu nunca pensei por esse lado. Gostaria de escrever diversos trechos aqui, mas quem quiser conferir que baixe o disco. Ainda não sei quem vou tirar da minha lista para encaixar o Superguidis, mas de fora do meu Top 10 esse não fica.


De quebra vai o clipe "O Banana", talvez a mais foda do disco...ou seria "Malevolosidade"...ou seria "O manual de instruções"....ou seria ahhhhhhhhhhhhhh

Por Pedro

Thursday, November 16, 2006

...And You Will What?



...And You Will Know Us By The Trail Of Dead - So Divided

A pegada forte do belo Source Tags And Codes pegou embalo nessa nova explosão pop do começo do século. O novo disco do Trail Of Dead não é somente aquela paulera de timbres estourados e vocais estridentes que estávamos acostumados. Melodias mais bem trabalhadas recheiam So Divided com o espírito canadense e até sueco do novo indie rock. A velha influência inglesa também pode ser citada, parece até que os caras lembraram da coleção de Lps dos Beatles. Belas canções seguem do começo ao fim, bom disco para revitalizar esse blog morto....

Por Pedro

Monday, November 06, 2006

Logo mais...



Sweeden Day in São Paulo...Meeeuu Deeuuss!!!

Por Pedro

Tuesday, October 31, 2006

Tim Festival de VERDADE



A caravana se encontrou na paulista, às 11 da matina. Eu, Arthur e Rolla embarcamos na Parati sem calotas e partimos. O trânsito na marginal indicava uma viagem longa e exaustiva. Nada que um iPod, um jornal com o então candidato Lula derrubando um copo na capa e um maço de cigarros não possa combater. Saindo de São Paulo a estrada se estendeu livre e ensolarada na nossa frente. Trocando de disco e de paisagem, fomos cruzando o asfalto em direção à cidade maravilhosa. Algumas da estrada: vontade de ir ao banheiro fudida – na única parada, para abastecer, o banheiro do pico era o típico banheiro mais sujo da estrada, as privadas eram buracos no chão, pesadelo para quem estava com o nº 2 na cabeça – depois, chegando perto de Aparecida, você se vê no caminho para a luz – placas avisavam a quilometragem para a Fé, depois para a Benção, e para Paz. Chegando no Rio discutimos sobre qual caminho pegar, o Rolla, que se diz carioca, mas é paulista até os ossos, queria ir pela linha vermelha, o Arthur queria a Av. Brasil e eu só queria um banheiro. Bom, erramos uma entrada e paramos na Av. Brasil, só que no sentido errado, após um retorno seguimos as placas Copacabana e de lá atingimos o destino: Leblon. Só faltava uma Bossa e globais para nos receber. Pulando a baboseira, pegamos uma carona com o tio do Rolla até a Marina da Glória, lugar que hospedou o festival nesse ano. Ao sair do carro a ansiedade batia forte, mas antes de entrar tínhamos que tentar vender o ingresso do IRIOTA do Celo que deu pra trás e não foi. Nenhum cambista queria o ingresso, só se interessavam pelo Daft Punk. Encontramos, porém, uma mina que gritava por ingressos, do Daft, é claro, mas colamos nela com o ingresso do Devendra e ela acabou comprando. A estrutura do festival era impressionante, muito maior que a do ano anterior. Entramos e fomos para o Tim Lab, onde iria rolar Céu, Amadou e Mariam e Devendra Banhart. Encontramos uma galera lá, Six, Dago, Fê, Gui, a Lulina, o Emo, o Bruno, rolou até piadinha “tenda Milo no Tim”. Começando a Céu saímos e ficamos bebendo lá fora. Então colamos o ouvido na tenda ao lado, e sim Celo, o Daft Punk estava destruindo. Confesso que depois me arrependi até, mas isso é outra coisa. Entramos para ver o Amadou e Mariam, foi foda, o casal de ceguinhos era muito foda. Ali paradinhos um do lado do outro, lindo. Sem falar que o cara toca guitarra pra carai, pegada fudida! Novamente lá fora, fiquei louco ao ver que o cabeça de pêlo (aka Kyp Malone, aka guitarrista do TV on the Radio) perambulava por lá, assim como o Devendra e sua banda e Caetano Veloso. É, o Celo perdeu a noite da vida dele, tiete de qualquer famoso, ele ficaria maluco lá. Voltamos para o show da noite: Devendra Banhart. Exaustos – já passava das três da manha – vimos o barbudo subir ao palco desanimado. O show foi bonito e ponto, nada demais. Ahhhh! Não podia me esquecer do ponto alto da noite: meio que dormindo em pé, senti que alguém dançava loucamente do meu lado, mas dançava como se jogasse as máscaras pro alto e assumisse a franga....quem? quem? O próprio Caetano. Dançou, dançou e saiu correndo pulando pra cá e pra lá...o Celo iria adorar, logo pensei. No sábado, acordei no puff da sala com uma puta fome, beleza, tínhamos marcado um mexicano com a galera e lá fomos. O restaurante era fudido, você pagava X e comia a vontade. Além do fato que você próprio montava seus tacos e buritos, e comer uma coisa que você monta é muito mais prazeroso, vai saber por que? Após um almoço com pimenta e artistas, sim fomos acompanhados por Pedro, do Bonde do role, e pelo DJ Jason Forrest, que tocou no “Tim balada”, fomos tomar um café com Dago e Ana Júlia. Ficamos horas lá ouvindo histórias sobre a Bolívia e outras viagens malucas que o Sr. Donato já fez. Voltamos pra casa e blá... pegamos um táxi e partimos para o segundo dia de festival loucos para ver o TV on the Radio! Chegando lá vendemos o ingresso do IRIOTA que não foi para um cambista logo na saída do táxi. Entrando na Marina trombamos o Dago na correria dizendo que o Bonde já tinha começado. Corremos e entramos. Bonde do Role. O show foi foda, pena que estava vazio, mas quem viu curtiu e dançou. “James Bond pega o bonde, vai pra onde eu não sei”. O ponto máximo do show foi essa música, quando o Pedro saiu do palco e foi carregado nas costas do DJ Jason (aquele do almoço) pela pista do Tim Lab, doidera. Saímos para beber antes do TV, conheci finalmente a Ingrid, uma carioca que curte o projeto:, falo com ela todo dia no msn. Então, no meio da conversa percebemos que o show já ia começar, corremos feito loucos e nos posicionamos na boca do palco. Eles entraram e o show foi rolando com um som meio estranho, até que o saxofonista, com um portunhol bem falado explicou que a American Airlines perdeu o equipamento da banda, e que eles tiveram que comprar algumas coisas naquela manha e pegar emprestado da outra banda, o Thievery Corporation. Isso me impressionou, os caras fizeram um show FUDIDO com condições adversas. Não senti falta de nenhuma música, apesar de querer um show maior. O vocalista é muito style, canta pra caralho e tem uma presença de palco absurda, dançava pra lá e pra cá com movimentos malucos nas mãos. Mas o cabeça de pêlo...Meu deeeus... esse sim! O mais foda de todos. Tocou com corda estourada e tudo...FODA. Perdi a voz cantando junto. O Thievery Corporation foi uma merda, voltamos pra casa. Desta vez acordei num edredom na sala, fomos justificar o voto, caralho, os cariocas votam em bancos!!! Depois de prestar contas com o Estado fomos para a praia, a do Leblon mesmo, sentamos e bebemos com o tio do Rolla, sua namorada e duas amigas dela. Paz total, a praia fez um bem danado. Voltamos pra casa, nos preparamos e fomos jantar num pico ali perto. Bem alimentados voltamos para casa e jogamos videogame até a hora de ir para o show. Tim Stage, finalmente. O Instituto tava massa, mas preferimos ficar bebendo lá fora. Voltamos para ver o DJ Shadow. Foi foda, o cara manda bem. Particularmente achei curto e não curti as projeções, mas foi legal o show. Bem, estava chegando a tão esperada hora...The Beastie Boys motherfuckers! Bebemos o nosso último chopp (3 por doze, era um combo) e fomos para a frente. A expectativa explodiu quando os roadies colocaram uma bateria ao lado do palco...sim, eles vão tocar como antigamente, pensei. As luzes se apagaram e Mix Master Mike subiu de camisa e gravata nas picapes. Ele manda absurdos! Melhor DJ que eu já vi tocando ao vivo. E ai, com as batidas de Master Mike, entraram pulando com ternos e gravatas Ad Rock, Mike D e MCA. Logo no primeiro verso a galera explodiu e o resultado foi uma rodinha cabulosa e mosh pra todo lado. Eu, que curto um empurra-empurra pulei feito louco e por diversas vezes voei para a roda chutando tudo. Clássicos como Do It, Root Down, Brass Monkey, Body Movin e Intergalactic embalaram a galera que fervia na tenda. Mas o melhor estava por vir. Tiraram as capas da batera e dos amplis. Meus braços se arrepiaram e eu sentia a violência corroer minhas veias. Duas músicas, apenas duas, mas a última.....”this’s our last song, and it’s call SABOTAGE”.......... sacou Celo? Beastie Boys porra! Só mais uma da estrada, cruzamos com um batalhão do exército carregando canhões malvados pela estrada...meda!


Para aqueles que não foram...vocês veriam o show exatamente assim.

Por Pedro

Sobre O Tim (Rio)

que coisa melhor existe do que acordar numa 6a feira, fazer as malas e partir para o rio de janeiro? quase nada...

confesso que fiquei um pouco decepcionado quando soube, no começo do ano, que o Tim seria de novo no rio, mas agora eu conpreendo que assim é muito mais foda. só a viagem já vale o esforço... fácil. e ainda por cima você acaba indo de noite assistir a uns puta shows.

então, agora que nosso itinerário já foi exaustivamente esclarecido por nosso colega Pedroca, deixo-lhes só alguns comentários:

- que mexicano, puta que o pariu! - o melhor do mundo.

- e o caetano, que bicha louca, hein? (o celo ia ter adorado...)

- lindo o Jason carregando o Pedro do Bonde.

- TV on the Radio ganha o prêmio esforço. os caras fizeram um show bem bom em condições absolutamente zoadas.

- Thievery Corporation não merece menção.

- o festival foi inteirinho do Beastie Boys... não tem comparação.

é isso... e até o ano que vem.

Por Arthur

Monday, October 30, 2006

Sobre o Tim(SP)

Isso sim é um blog com jornalismo sério.
Enquanto não temos a resposta dos nossos correspondentes que foram ao Rio acompanhar o Tim Festival adianto sobre o daqui..
Começo com uma reclamação: o som do Tv On the Radio tava baixo pra cralho e muito mal feito, não da parte deles, óbvio.
Quanto a eles...Impressionante, show histórico, performance histórica, as músicas pareciam completamente irreconhecíveis, foda demais.
Os outros shows não me chamaram muita atenção(Thievery Corporation e Yeah Yeah Yeahs)..
Mas quando achei que a noite estava acabada foi a vez do Daft Punk, som que sinceramete até ontem nunca havia parado para ouvir com a devida atenção.
FUDIDO.
O show envolvia o publico por todos os lugares, não havia como não entrar no clima, som genial com pitadas de até depancadão.
Costumo odiar mega produções, mas aquilo era diferente, realmente foda...
É o que eu falei: va-la...perdi o Devendra, Bonde do Rolê, Beastie Boys, Dj Shadow, Institutosem falar na viagem em si para o Rio.Mas eu vi sim o Daft Punk.E isso fez minha noite e fim de semana...
Já to baixando uns dois discos deles, assim que estiver na mão eu subo, por enquanto tai um vídeo de trinta segundos que eles fizeram para uma propaganda da GAP, queria colocar algum deles ao vivo mas não tinha nada que desse para ter uma ideia do que foi...
Amanhã um dos outros integrantes(faço questão de frisar, integrantes inferiores) deste blog deve comentar sobre o Rio...



Por Celo

Wednesday, October 25, 2006

Senhoras e Senhores...a Realeza!



Bob Dylan & Johnny Cash - Studio Outtakes, Nashville 1969

Documento histórico. Esse disco é a materialização de todos os deuses de todas as religiões e crenças da humanidade. Johnny Cash e Bob Dylan brincando de destruir com a concorrência. Dois amigos fazendo o que eles amam. Música. Gravado em Nashville, 1969, esse material nunca foi lançado por vontade dos próprios, coisa de amigo. Você pode sentir a descontração que rolava no estúdio, o espírito country/folk/rockn’rollpracaralho contagia e nos faz entender quem é que manda. A forma como as vozes completamente opostas se completam é inexplicável. Os arranjos, os improvisos, as brincadeiras... não dá pra falar mais. Chore no cantinho, cague o Taj-Mahal, sei lá, prepare-se... Mr. Cash and Mr. Dylan.



Por Pedro

Wednesday, October 18, 2006

Especial Lou Barlow - 2 - Taking skulls for a ride!



Todo esse especial Lou Barlow começou aqui. A minha tietagem teve inicio através deste disco. Porque antigamente era bem mais legal. E porque era de verdade. Alguém disse isso num blog irmão. Pois é, essa frase resume bem a segunda banda do tão aclamado Barlow. Sebadoh!



Sebadoh – Bakesale

Por que antigamente era de verdade? O Sebadoh é a resposta. Ouvindo este disco você pode sentir a atmosfera 90’s penetrando por seus ouvidos. Aqui você vê as raízes do “indie rock”. O Low-fi e a barulheira que acompanhavam Lou e seus camaradas nos discos anteriores continuam, mas uma camada pop faz deste disco uma obra de transição. Era de verdade porque você sente a banda como uma banda deve ser, amigos que se juntam para matar o tempo em garagens ou qualquer lugar. Sobre o disco... distorção em ritmo pop, letras que revelam uma geração perdida em meio a velocidade em que os anos noventa passa pelos seus olhos, amizades suspeitas, amores incertos, falta de confiança....tudo reunido no melhor do espírito Old-School. Rebound, a 11ª música serve como hino. Careful, a segunda, costuma ser a preferida....eu acho Skull, a sétima, FUDIDA, escutei essa música umas mil, quinhentos e trinta e sete vezes nesses dias....segue o clipe e a letra, para se cantar junto (gostei disso Celo). Ps: comentário fudido que deixaram no you tube, no link desse clipe: "sebadoh made me who i am today"



Skull

There is history in this place
There are dragons to be chased
And though I don't know who you are
An easy flow and a strong, a strong heart
And the charm in the way you hide
Gently take my skull for a ride
And I don't know who you are
But I know what I would like you to be
A one-night stand under stoned persuasion
But a joy that I can't hide
Gently take my skull for a ride
We can never ever go too far
The pain we can't escape at least will wait
So let's go quickly, no we go slow
Let's go chasing dragons through the snow
Kindly take my all
And give me all you have
Gently take my skull for a ride
Take and shake your soul
But never lose control
Gently take your skull for a ride

Por Pedro

Thursday, October 12, 2006

Revisitando o mestre



tá, eu sei... faz décadas que eu não posto. falem o que quiser, mas eu me explico: esse último mês foi uma correria sem precedentes. provas para estudar em uma facu, trabalhos para serem feitos nas duas... foi difícil, mas agora eu acabei o último trabalho sobre a teoria epistemológica em Locke e estou mais sossegado.

como já foi dito, esse último mês foi uma corria absurda, daonde imagina-se ter sido impossível encontrar algum tipo de música nova - nem os discos que enfiavam no meu ouvido (a.k.a. de leve, justin e outros hip hopes... cortesia do celo) eu tive tempo de ouvir direito. exceto, é claro, o junior senior que eu ouvi compulsivamente porque é incrivelmente foda. então, eu tive que, de certa forma, me religar com minhas raízes (bonito, não?) e ouvi muito discos que estavam displicentemente esquecidos, juntando poeira na minha estante. foi numa dessas que eu ouvi de novo o primeiro disco solo do Niel Young, vulgo mestre, e me apaixonei mais uma vez por esse cara com uma voz cortante e melancólica que deixa extravasar nesse disco de forma sublime toda a confusão e a dúvida presentes em sua alma. alguns acham esse disco uma simples coleção de músicas esparsas e sem muito sentido de conjunto, mas não... nesse disco não deve ser procurada coesão, mas sinceridade. sinceridade de um jovem multifacetado e confuso que não quer outra coisa que colocar para fora tribulações que o afligem. já está lá as composições complexamente simples e as letras melancólicas, mas acolhedoras que irão atingir o seu ápice nos seus discos da década de 70. não, não é o seu melhor disco, mas ouso dizer que é o seu mais sincero, se é que é possível dizer algo do gênero de um cara que não abriu mão da sinceridade nunca.

bem, taí... baixem se vocês não conhecerem, ou ouçam de novo com mais carinho se já o tiverem feito antes... vale a pena.




Neil Young - S/T (1969)


Por Arthur

Wednesday, October 11, 2006

Especial Lou Barlow - 1 - Tiranobarlow Rex!



Começo aqui um especial do cara que anda dominando meu iTunes. De um tempo pra cá eu descobri o talento de Lou Barlow. O cara é fudido. Com três bandas na bagagem, sendo duas delas de extrema importância para a história do indie old school – o Dinosaur Jr. e o Sebadoh – e uma carreira solo não menos massa, esse nerd sabe mesmo lançar discos de se mijar sangue. Vou começar com um disco essencial para qualquer musicoolatra.



Dinosaur Jr - You're Living All Over Me

O Dinosaur Jr. estremeceu as bases dos 80’s com seu barulho carregado de guitarras distorcidas. Barulhera crasse! Coisa de fã de Neil Young, claro! Esse é o segundo disco da banda, lançado em 1987. Pegada da primeira, e melhor música na minha opinião, até a última, um cover de “Show Me The Way”. A banda se formou pela parceria de Lou com o camarada de colégio J Mascis. Depois veio o baterista Murph e o Dinosaur decolou como o Noise Power Trio mais foda da época. Após uma série de desentendimentos que levaram a uma quase guitarrada na testa de Barlow (que se defendeu com o baixo), J Mascis inventou o fim da banda para se livrar do parceiro. Mas como o que importa aqui é o nerd fudido, vamos pular a parte da banda sem ele. Em 2005 a formação original voltou e fez uma série de shows. Quem foi disse que é uma das melhores voltas de banda. E tem disco novo pintando na área...ouyé!

Por Pedro

Tuesday, October 03, 2006

1969-Gal Costa



Gal Costa 1969

Vou aproveitar esse momento de discos antigos pra colocar mais um.
Ja que boa parte dos frequetadores do blog já devem ter o Good News For Peolple Who Love Bad News do Modest Mouse então vou subir um disco mesmo.
Esse é um puta disco, daqueles da epoca em que o Caetano, Tom Zé, Gil, Roberto Carlos e tantos outros boçais de hoje faziam coisa boa, aliás boa pra cacete.
Subi esse disco ontem a noite, ja fazia um puta tempo que queria ouvir Namorinho de Portão, pop meloso e psicodelico, a quatro do album, também estava curioso de ouvir a versão original de Baby(a dez), que o Jens Lekman outro dia elegeu como uma das muscas mais sexys ja feitas.
Se falar que não fiquei mais surpreso ainda com o resto da obra, seria mentira.
um clássico que me arriscaria até em chamar de twee.


Por Celo

Monday, October 02, 2006

A Mouse With Good News


Modest Mouse - Good News For People Who Love Bad News

Eu sei que não é uma novidade, mas eu tinha que postar. Ouvi este disco quase todos os dias do mês passado. Ele me fez companhia em momentos de estranhas sensações, mas a minha vida pessoal não é o que interessa nesse blog. O disco é fudido e ponto. O que mais me impressiona são as melodias de voz. Os backings são massa pra carai. A banda vive em pauta a respeito dos rótulos musicais modistas e safados, mas tudo bem, se o Modest Mouse é Emo, o Emo tem o seu lado bom. Mas isso é bobagem. O disco varia entre músicas dançantes e músicas mais nostalgicas, daquelas de ouvir na varanda. Só mais um detalhe, o Modest Mouse tem os melhores nomes de disco...vale a pena conferir...

Por Pedro

Friday, September 29, 2006

Songs of Leonard Cohen



Leonard Cohen -Songs Of Leonard Cohen
Em 1967 Leonard Cohen, com trinta e dois anos já era comparado pela critica da época a James Joyce graças aos poemas e livros antes lançados.
Duas vezes sua musica "Suzanne", a primeira do disco que em questão, havia ganhado outros interpretes alcançando um razoavel sucesso.
Cohen também tinha tentado seguir os negócios da familia, não deu.
Foi quando ele resolveu gravar seu primeiro disco, Songs of Leonard Cohen, um disco denso, disco que mesmo antes de ouvir você tem certeza que mudara sua vida, e depois de ouvi-lo mil vezes tal certeza é confirmada.
Não é só a voz grave, pesada, comovente; o instrumental simples e ao mesmo tempo revolucionário ou as letras carregadas de imagens e poesia.É o conjunto que faz desse disco um dos meus prediletos.
Na verdade falar dele é dificil pra caralho, uma vez o dago definiu ele como um disco pra chorar do começo ao fim, seja lá o que for posso dizer com certeza a aqueles que nunca o ouviram que suas vidas estão prestes a mudar; aos que já ouviram e não deram atenão suficiente, essa é a hora.


Pra cantar junto:



Leonard Cohen - Suzanne

Suzanne takes you down to her place near the river
You can hear the boats go by
You can spend the night beside her
And you know that she's half crazy
But that's why you want to be there
And she feeds you tea and oranges
That come all the way from China
And just when you mean to tell her
That you have no love to give her
Then she gets you on her wavelength
And she lets the river answer
That you've always been her lover
And you want to travel with her
And you want to travel blind
And you know that she will trust you
For you've touched her perfect body with your mind.
And Jesus was a sailor
When he walked upon the water
And he spent a long time watching
From his lonely wooden tower
And when he knew for certain
Only drowning men could see him
He said "All men will be sailors then
Until the sea shall free them"
But he himself was broken
Long before the sky would open
Forsaken, almost human
He sank beneath your wisdom like a stone
And you want to travel with him
And you want to travel blind
And you think maybe you'll trust him
For he's touched your perfect body with his mind.

Now Suzanne takes your hand
And she leads you to the river
She is wearing rags and feathers
From Salvation Army counters
And the sun pours down like honey
On our lady of the harbour
And she shows you where to look
Among the garbage and the flowers
There are heroes in the seaweed
There are children in the morning
They are leaning out for love
And they will lean that way forever
While Suzanne holds the mirror
And you want to travel with her
And you want to travel blind
And you know that you can trust her
For she's touched your perfect body with her mind.


Por Celo

Tuesday, September 26, 2006

Spinto Pop


The Spinto Band – Nice And Nicely Done

Tava devendo esse disco aqui no blog. Portanto recupero o post agora com o link para download.

Antologia Pop. Explico. Ouvindo esse disco você pode viajar do Flaming Lips ao Pavement, passando pelos Strokes, sobrevoando o Clap Your Hands e ainda beliscar os pianinhos do Postal Service. Essa salada indie-pop ainda leva temperos 80's e leves inspirações da Beatlemania, é obvio. Cada faixa desse disco tem a sua própria cara, aproveite e dance, são caras das mais felizes.

Por Pedro

Thursday, September 21, 2006

Bright Eyes/Neva Dinova-One Jug of Wine, Two Vessels [EP]


Baixei esse disco a meses e nunca o ouvi, até ontem.
Antes de dormir como de costume coloquei um som no itunes pra tocar, e aqui remetemos-nos novamente ao novo e incansavel disco do Bonnie "Prince" Billy.
Acordei um pouco mais cedo que de habito ouvindo uma voz familiar, uma não duas.O som parecia bater com o frio que estava fora da cama com a embriaguez que agente sente ao acordar antes das seis.
Finalmente me levantei, um tanto confortável e curioso com a música, liguei a tela do computador finalmente vi que o som que tanto me agradava era aquele EP que há meses vinha ignorando, One Jug of Wine, Two Vessels do Bright Eyes com Neva Dinova e participação do Britt Daniel(Spoon).
Conforme o dia correu eu acho que ouvi esse Ep umas sete vezes, precisava subi-lo de qualquer maneira.
Ele parece ter sido influencia direta do Im From Barcelona e de outras tão fodas bandas..chega de papo.

Eis o disco.
Bright Eyes/Neva Dinova-One Jug of Wine, Two Vessels [EP]

Por Celo

Wednesday, September 20, 2006

The Prince is back!

Will Oldham é foda. E ainda por cima tem um bigodão absurdo, viu Arabaroa, aprende! Bom o Bonnie "Prince" Billy lançou disco novo - The Letting Go. Todo mundo que já ouviu cagou um bidê. Se você quer o disco, dá um pulo no blog do Six, o Polaroid Rainbow, baixa lá. Aqui vai um video, pra você sentir o drama.



Por Pedro

Tuesday, September 19, 2006

Ave Queso. Ricardo Queso.


Richard Cheese - Aperitif For Destruction

Welcome To The Jungle? Fudido. Let's Get It Started, do Black Eyed Peas? Massa pra carai. Somebody Told Me? Maravilhoso. Calma, eu sei o que você deve tá pensando... uns puta de um lixo esse blog! Nãnaninanão...babão. Depois de ouvir Richard Cheese você vai descobrir as verdades por de trás dessas canções. Esse genial maluco de smoking de tigre, viciado em martini, conseguiu transformar o lixo em obra prima. Os arranjos de big band, com metais absurdos e pianos destruidores, vão do jazz ao mambo carregados de um ritimo alucinante e transbordados de piadinhas que deixariam muito comediante no chinelo. Metallica, Alice In Chains, Slipknot, U2, Alanis Morissette, Green Day, são alguns dos artistas homenagiados por Cheese nesse disco. Faz um tempo que eu penso no show desse cara, uma vez eu sugeri o Richard Cheese pra uma mina que trabalha no Bourbon Street e ela fez pouco caso, tadinha.

Por Pedro

Friday, September 15, 2006

Celebração!


Junior Senior - Hey Hey My My Yo Yo

Uma bela mansão, muita cerveja e todos os outros tipos bons de bebida, ou seja, um belo bar repleto de tudo o que queremos, e gente, muita gente chegando. O que mais você precisa? Um DJ? Não. Você precisa de Junior Senior "Smirilhando" no seu som. Celebração é a palavra que resume o disco: Hey Hey My My Yo Yo. Do começo ao fim ele nos convida para dançar, para beber, dançar mais, beber mais ainda, pular pra lá e pra cá, beber mais ainda vezes dois, correr, dançar muito mais, beber mais ainda vezes dois ao cubo, celebrar, celebrar e celebrar...
Imaginem o melhor da Disco 70's, com o melhor da Madonna 80's mais o melhor do Hip Hop Old School 90's...e ai, da pra ficar parado? Pois bem, Junior Senior segura qualquer balada, e hoje é sexta-feira.

E o clipe é fudido.



Por Pedro

Thursday, September 14, 2006

Bright Eyes - The First Day of My Life



Pois é.Bright Eyes fodão, sempre foi e sempre vai ser; assim como esse clipe, e esse tempo que anda fazendo, é como se em duas semanas o ano inteiro passsse do inverno mais fodido até o verão mais quente.
Não esta nos meus planos deixar o blog morrer...então to pondo esse clipe ai.

Quer chingar chinga.Mas posta também caralho!
E se quiser um papo cabeça..liga pro Pedro Bial!

Por Celo

Tuesday, September 12, 2006

Uma reflexão histórica... (me desculpem)

ontem foi um dia em que tudo pareceu dar errado. desde o primeiro café que eu tomei quando acordei que estava aguado e horrível. fechado em meus próprios problemas eu não prestei muita atenção para o que acontecia no resto do mundo. ontem fazia 5 anos o atentado às torres gêmeas em nova iorque que matou cerca de 6 mil pessoas e aterrorizou boa parte do mundo. mas algo não parecia certo; e não era nem a guerra no afgenistão ou no iraque, deflagradas diretamente por causa desse atentado e que fizeram, ao todo, centenas de milhares de mortos (na sua grande maioria civis, iguais àqueles que morreram em nova iorque).

ontem foram dois 11 de semtembros diferentes: aquele da grande superpotência que viu seu sonho de pax americana abalado por certos loucos que talvez não achem que esse consumismo massificador seja a resposta para todos os problemas do mundo; mas foi também aquele, não de 5 anos atrás, mas de 33, quando forças oposicionistas apoidas pelos estados unidos, por meio de um golpe de estado, derrubaram o recém eleito presidente do chile, salvador allende, posssibilitando a subida ao poder do genral pinochet. nesse dia, foi completamente trucidada a única real possibilidade de uma experiência verdadeiramente democrática baseada em presupostos macroeconômicos que não aqueles do mundo "democrático ocidental". foi o medo de perceber que a divisão maniqueísta entre democracia e comunismo não existia verdadeiramente; foi o medo de que essa experiência pudesse abalar o modo de vida de um povo que impulsionou esse golpe.

quão diferentes são esses dois 11 de setembros? é só uma pergunta...

Por Arthur

Monday, September 04, 2006

Pediu?



The Rapture - Pieces of the People We Love

então, não sei quando sai esse disco, mas aqui a gente coloca primeiro... ele é tão novinho em folha que eu só ouvi uma vez, mas vou dizer que promete. ele tem um cheirinho anos 80 e algumas coisas que lembram o disco 2 do LCD Soundsystem (a "first gear" para ser mais exato) - nada mal, hein?

Por Arthur

The Rapture-Get Myself Into It

É bem esse o lema essa semana mesmo.Amanhã tem Tortoise no sesc, quarta tem Gang of Four na Via Funchal; quinta tem Tony mas nem vou.
Vou viajar.
E Plutão foi rebaixado, a Argentina e Parmera foram goleados e meu pai trouxe de Rio Preto botas de couro e cinto de cowboy.

Esse é o clipe do Rapture que prometi um tempo atrás, essa musica vai estar no disco novo que eu ainda não sei quando sai.Se alguém souber favor adiantar.



Por Marcelo

Thursday, August 31, 2006

In Tony We Trust



Pô, eu me recuso ter um blog sem o link do blog do Tony Da Gatorra. Você não conhece o Tony? Então você não conhece nada que realmente importa na música nacional. Tony é um mestre único, de carater único e instrumento único. Sim, este homem passou horas inventando um instrumento, a GATORRA. E com ela, saiu por aí espalhando a paz. Portanto, meu bem, se você não sabe quem é Tony Da Gatorra, acesse o blog, escute as músicas na TramaVirtual e transforme a sua vida.

Por Pedro

Tuesday, August 29, 2006

Sobrenome Barnabé



Pais orgulhosos. Isso sim. Pô, imagina ter dois filhos assim. Pois bem, Arrigo e Paulo Barnabé são historicamente classificados, junto com Itamar Assumpção, como a base da Vanguarda Paulistana. E que Vanguarda foda!

Arrigo Barnabé - Clara Crocodilo

...E ele flutuou. Sim... flutuou para longe dali, envolvido numa sensação deliciosa. Mas, o que ele não sabia, era que estava sendo transformado num terrível monstro mutante, meio homem, meio réptil, vítima de um poderoso laboratório multinacional que não hesitou em arruinar sua vida para conseguir seus maléficos intentos. Os cientistas haviam calculado tudo, mas o que eles não imaginavam era que aquela criatura havia conservado parte de sua consciência. E logo, sim meus amigos, e logo todo seu poder se transformou em ira e violência sobre-humana. Os cientistas foram os primeiros a conhecer sua fúria. Depois toda a cidade estremeceria ao ouvir falar em Clara Crocodilo...

Arrigo largou a faculdade de arquitetura para estudar música na ECA, e logo após se consagrar em uma série de festivais universitários, ele gravou essa demência (no melhor sentido que essa palavra possa ter na música) pop-erudita. O disco, de 1980, é perfeito, com arranjos absurdos, letras faladas/gritadas e um backingvocal feminino fatal. HQ musicada vanguardista fudida.

Patife Band – Corredor Polonês

“... depois o Paulo partiu para um caminho bem particular e interessante com a Patife Band, que me apontou soluções para trabalhar com essa estranheza que eu colocava na música. A contribuição dele na vanguarda paulistana é subestimada...”
Assim disse Arrigo, sempre mais respeitado e ilustre que o irmão. Nesse disco, Paulo Barnabé fez algo novo e inusitado, conseguiu juntar todo o engajo da vanguarda com a pegada do punk-rock. Assim, por mais estranho que isso possa parecer, nasceu um prog-punk, ou, punk–progressivo. Essa mistura musical quase impossível junto com letras irônicas, repletas de personagens urbanos decadentes, faz de Corredor Polonês um clássico genial e nervoso.
Eu, particularmente, prefiro o irmão subestimado nervoso, hehehehe.

Por Pedro

Monday, August 28, 2006

Saco sem fundo...

quem nunca quis uma garrafa de cerveja que nunca acabasse? uma fonte incessante de prazeres? uma mina de ouro eterna? bem... acho que eu encontrei a minha. e ela se chama Suécia.

aí vai mais uma pepita recém saída do forno sueco: o ep de estréia da nova banda formada pelo José Gonzales (um outro ícone dessa indústria musical que não falha).




Junip - Black Refuge (EP)

farväl...

Por Arthur

Saturday, August 26, 2006

Pizza, Zé Bonitinho e cama

Quem foi que disse que só boto vídeo?

Kandahar-Kandahar

Essa é uma banda também sueca chamada Kandahar, o disco se não me engano é do ano passsado e é fudido.vale apena baixar a primeira é uma daquelas que você poderia ouvir durante horas, e de fato acaba ouvindo, cantalorando-a, assobiando ela o tempo todo.

Foda.

Friday, August 25, 2006

Ai a Suécia...

Certo. Por favor alguém me explique o que está acontecendo na Suécia. Alguma alma divina anda distribuindo gibis e chicletes Valda? Pô, da pra fazer um festival fudido só com bandas de lá. Bom, aqui vai mais uma.



Peter Bjorn And John - Writer's Block

Twee 80’s fudido. Só da Suécia mesmo pra misturar a alegria do folk/twee com o Reverb obscuro, que as bandas dos anos oitenta adoravam, e ficar maravilhoso. E o melhor é que as influencias não param por aí. Tem também uma pegada noise pop e até um pé no post-rock. Beleza, hein?

Por Pedro

Tuesday, August 22, 2006

Um adendo, um gênio e uns islandeses doidos

Roberto Carlos - O Inimitável

Jens Lekman - When I Said I Wanted to Be Your Dog

Benni Hemm Hemm - s/t

ta bom... deixa eu explicar: finalmente consegui agregar tanto os meios instrumentais quanto os conhecimenntos básicos necessários para subir um arquivo para o blog. deixa eu comemorar então, pô! vou colocar um monte de discos sim! sem contar que alguém tem que fazer alguma coisa a respeito dessa enxurrada de vídeos.

certo:
o primeiro disco é o tal do Roberto Carlos, suficientemente comentado e adulado em um post anterior.



o segundo é o único album verdadeiro do Jens Lekman (sim, o Oh You're So Silent, Jens é uma coletânea). esse cara, para que não conhece, é um doido de 23 anos sueco que faz músicas pop fodidas, com letras não menos boas que as melodias inesquecíves nas quais elas tomam forma. todas, é claro, devidamente cantadas com uma voz de dar inveja em qualquer um. ah, a música "You are the light", seu hit, chegou a ficar em terceiro nas paradas suecas... isso é que é país...



o último disco é uma novidade. Benni Hemm Hemm é uma banda da islândia (um país que não fica muito para trás em matéria de música, convenhamos) que, por mais absurdo que pareça, lembra muito Calexico. é folk... mas em vez de vir do deserto californiano, ele vem de um lugar cheio de geleiras e vulcões. achou esquisito? o que você acha de letras em islandês, então? eu digo: fodido!

Cade o disco do Rapture?!

Pô, queria saber se o disco novo do rapture já ta disponível, ja ouvi tres músicas deles e vi um clipe que depois eu boto aí.Não boto agora porque se não vou acabar colocando clipes demais e ninguém vai ver.
Na verdade é por isso que estou pondo esse video, eu ia por ontém mas achei que três fossem demais.

Okkervile River - Song for Our So-Called Friend

Bom essa música ta no Black Sheep Boy, um dos discos mais fodidos lançados no ano passado.Ainda não decidi se eu gosto mais do Black Sheep Boy ou do Dont Fall in Love With Everyone You See, independente disso são dois discos fodidos, não tem como não gostar.
Achei esse video lá no youtube, pelo jeito(não tive saco de ler)é do blog de um francês.Enfim o video é o Will Sheff, vocalista do Okkervil River tocando em um jardim.



Monday, August 21, 2006

Joanna Newsom - the sprout and the bean



Joanna Newson é fudido.juro que soubesse colocar o disco dela pra baixar eu botava.mas não sei, então boto o clipe.

The Mountain Goats - Woke Up New



Raramente ouço Moutain Goats, fato que nunca entendi direito, porque toda vez que eu ouço o som deles fico impressionado, presto atenção em cada detalhe e chego a mesma conclusão: devia ouvir mais Mountain Goats.

Como não poderia deixar o hábito de por um vídeo, taí o do Moutain Goats.

Sunday, August 20, 2006

Sufjan Stevens - Chicago

Pô, faz uns posts eu comentei sobre essa música mas não deixei ela.Bom tai o sufjan Stevens tocando ela.
A cada dia eu acho mais ele é um dos maiores gênios que surgiram na musica nos ultimos anos.

Friday, August 18, 2006

Animal Pra Carai


Animal Collective - Feels
Impossível explicar...só escutando.

Por Pedro

Thursday, August 17, 2006

The Boy Least Likely To - Be Gentle With Me

Ta.Tres videos em um dia é muita coisa, eu sei.Mas não resisti...

Hello Saferide

achei essa banda e video depois de gastar um tempinho no youtube..fodido.
pop honesto e bem feito, ótimo pra começar o dia



Monday, August 14, 2006

Aviso aos Membros

Saiu Islands nacional, como vocês devem saber. Já que é o dito 'disco do ano' pra vários daqui, resenhem e disponibilizem para download IMEDIATAMENTE.

Sunday, August 13, 2006

O Inimitável




Betão, o Rei, Bob Charles, Roberto Carlos... chame-o como quiser, mas não existe melhor definição para ele do que o título de um de seus discos de 1968 - O Inimitável.
com as suas letras simples e mesmo assim inteligentes e profundas, somadas a um instrumental impecável ele consegue fazer uma música que toca... de verdade.

ontem eu fui no show do Del Rey, uma banda formada por integrantes do Mombojó e liderada pelo cantor China (que dança, digamos, incessantemente pelo palco). foi muito bom. eles conseguiram fazer uma releitura à altura do rei, que é inimitável, mas com certeza aberto a releituras. transmitindo a simplicidade profunda de suas músicas com guitarras mais distorcidas e arranjos mais agressivos, eles conseguiram manter a ternura indispensável para uma grande interpretação dessas músicas. eles acertaram ao não tentar copiá-lo, mas utilizar suas músicas de uma forma nova - grande acerto.

para acabar, só uma desculpa: eu realmente não consigo fazer o upload de cds naqueles sites... se alguma alma justa colaboradora desse blog vier ao meu auxílio, faça o upload do Inimitável do rei para que ele possa ser desfrutado por todos como ele merece...

Por Arthur

Thursday, August 10, 2006

o problema de falar de musica...

..é que as vezes a musica fala por si propria

Wednesday, August 09, 2006

News

Opa, esse blog anda morto. Se não é uma birra contra a burocracia é um rabugento reclamando das mudanças no layout. Se não é o rabugento é um desabafo de cursinho, tadinho. Bom, mas o negócio aqui é música, então, para acabar com a falta de assunto resolvi listar as últimas descobertas (com link para download em algumas). Algumas não tão novas assim, mas vamo que vamo...

The Spinto Band – Nice And Nicely Done
Antologia Pop. Explico. Ouvindo esse disco você pode viajar do Flaming Lips ao Pavement, passando pelos Strokes, sobrevoando o Clap Your Hands e ainda beliscar os pianinhos do Postal Service. Essa salada indie-pop ainda leva temperos 80's e leves inspirações da Beatlemania, é obvio. Cada faixa desse disco tem a sua própria cara, aproveite e dance, são caras das mais felizes.


Oppenheimer - Oppenheimer
Falando em felicidade...Esse é um daqueles discos que dão vontade de dançar loucamente, daquele jeitinho bizarro que você dança no chuveiro ou no quarto, que te deixa completamente arrasado quando alguém te pega dançando. Pois bem, feche as cortinas e tranque as portas, afinal é o Oppenheimer que ta no seu radio. Pianos, teclados e sintetizadores na melhor harmonia Pop...Beleza...


Ladyhawk – Ladyhawk
Se o seu dia ta mais para um cigarro na varanda ás 17:30 da tarde, eis o Ladyhawk. Aquele espírito nostálgico que os discos do Neil Young trazem com uma sutileza incrível, se mistura aqui com o melhor do espírito Stuck in 93. Guitarras e mais guitarras arranhadas e vocais densos, maravilha para se escutar sozinho.

Tem mais, mas depois eu falo, só queria finalizar com o seguinte texto do Insound: "The Soft Bulletin" is a emotional, lushly symphonic pop masterpiece eons removed from the mind-warping noise of The Lips' past efforts. This could very well be the best album of the 1990's, and "Waitin' for Superman" the song of the century. Concordo.

Por Pedro

Sunday, August 06, 2006

to recreate us all things grow, all things grow

Já é domingo.Já se passou uma semana de aula e parece que eu nunca tive um dia de férias.Foda.
Da uma certa angustia as vezes esse negocio de cursinho, mas ai, de repente você ouve uma musica e as coisas melhoram um bocado.
A música foi Chicago do Sufjan Stevens, ta no almbum Come on Feel the Illinoise.

Por Celo

Tuesday, August 01, 2006

A casa da mãe Joana

Porra, agora é assim, você entra em casa e se depara com suas cuecas limpas todas espalhadas pelo chão e é claro que alguem comeu metade do bolo...tudo bem, é um blog pra familia toda, mas carai...cade o amarelinho dos títulos? O que seria aquele desenhinho alá Paintbrush? Por que o Neil Young não vem tocar aqui em São Paulo? Como que o Celo tem coragem de usar aquele negócio (sapato, tenis, sandalia, chinelão, sei lá) de plástico nos pés? Por que o Haddad fica trocando nossas bandas por putinhos da PUC? Por que o Arthur não compra uma máquina de chope? E por que raios o Enéias corto a barba? Ai Joana......

Por Pedro

The Palace Brothers

Este é o primeiro disco lançado por Will Oldham, desde o princípio sob o nome - ou alter-ego - Bonnie "Prince" Billy. Will provavelmente foi o primeiro a ter uma abordagem minimamente indie na recente cena de bandas do respectivo gênero e a ter ganho, obviamente, o reconhecimento não só dos colegas indies, mas de um espectro abrangente de fãs.

Já em seu primeiro trabalho, Will lançou seus discos pela Drag City, gravadora que hoje aposta em vários artistas também de folk-com-influências: David Pajo (Papa M ou sob seu nome), Edith Frost, Silver Jews, Damon and Naomi, Jim O'Rourke, David Grubbs, etc. Me tomaria vários outros parágrafos analisando essa interessante passagem de vários artistas, uma vez ligados diretamente à cena alternativa, à simplicidade do folk; vejo o folk como a forma mais simples de expressão musical, mas isso já não cabe à essa resenha.

The Palace Brothers - There is no one what will Take Care of you / 1993
48,3mb / 128k

Monday, July 31, 2006

They're From Barcelona

Aproveitando minha façanha de roubar os vídeos do youtube, posto aqui 3 vídeos do que há de mais badalado nos ipods do projeto sound system:



I'm From Barcelona - We're From Barcelona
I'm From Barcelona - We're From Barcelona (Ao Vivo)
I'm From Barcelona - Collection of Stamps

(Six, já que voce é o responsável por isso estar aí, sinta-se livre pra disponibilizar os 3 no seu blog; na verdade, pro seu blog, esse esquema de passar pra mpg os videos do youtube seria muito bom - pirataria fudida. E obrigado pelo meu link junto aos outros no menu, adicionei o seu também.)

Burocracia e burocracia

certo, ninguém acha, imagino eu, uma delícia acordar às 6 da manhã - quando ainda está escuro - para ir ao seu primeiro dia de aula do semestre. mas essa experiência não melhora nada quando a sua primeira aula é uma aula dupla de direito processual, na qual um idiota passa o tempo inteiro falando da porra da jurisdição e da merda da competência... daí em diante o dia só regride, culminando em uma batalha extremamete cansativa contra a burocracia universitária. conto-la: eu passei no vestibular da puc para filosofia, mas durante os dias de matrícula eu estava em ilha bela porque ninguém é de ferro. bem, hoje, então, inadvertidamente, fui me matricular como mandava o site, só para descobrir que estávamos já na 2a chamada e que eu havia sido considerado "ausente". isso, é claro, depois de ir ao lugar errado e perder 20 minutos na fila até descobrir o infortúnio... depois de todo esse trabalho, a moça do setor de vestibulares etc. me diz que não seria possível fazer a inscrição hoje pois eu já deveria ter me isncrito para ser chamado para a 2a chamda; então eu deveria me inscrever para, então, ser chamado para a 3a chamada, na 4a feira. enfim, acabei saindo da puc depois de 1 hora e meia, cansadíssimo e ainda não matriculado...

depois disso, extressadíssimo, eu poderia muito bem simplesmente colocar algum disco do At the Drive-in e sair quebrando orelhões e placas de rua, ou colocar o Ease down the road do Bonnie "Prince" Billy e perceber que, apesar de tudo ainda há beleza no mundo. as duas seriam ótimas opções, mas eu escolhi o Bonnie... ainda bem, talvez...



Por Arthur

Sunday, July 30, 2006

we gonna plant a seed and get a harvest

Já chamamos de That's all Folks, chamamamos também de Prophecy, I guess. Agora é definitivo, o nome novo é Holger on The Hills, referencia a um amigo sueco do Arthur e a um filme também sueco do começo do século. Nunca vi.
O Holger ta iniciando agora seu trabalho com banda, e uma palavra defini os ensaios: fodido. Logo, logo vai ta la TramaVirtual, são praticamente os mesmas musicas de antes, só que com arranjos pra banda.se quiser ouvilas entra lano Prophecy, I guess na TramaVirtual ou no Thats All Folks.

Friday, July 28, 2006

Post de madrugada?


pois é. não teve jeito, acabei de chegar em casa e ainda não acabei de ouvir um disco até então inédito para mim: "A Bad Donato", do João Donato. Pô, to sem palavras e confesso que até envergonhado por não ter ouvido o donatson antes. fodido.

Por Marcelo

Wednesday, July 26, 2006

Where we are...Istambul

Ae, tá no ar. A música nova do projeto: já está na página da banda na TramaVirtual. Gravada no estúdio da Trama, durante o programa de TV que o site mantém no Multishow (domingo, às 18h), Amanhecer em Istambul é uma mistura das influências de cada integrante. Com duas partes bem diferentes, mas que não fazem o menor sentido se ouvidas separadamente, Amanhecer vai do "pós-rock" ao (quem sabe) "pós-samba", com tudo o que tem direito: 3 guitarras, baixo, batera, harmonium, rhodes, minimoog e trompete. Sim... a participação de nosso amigo PK no trompete fico simplesmente foda. Pensamos em palminhas e coral, mas não deu tempo. Se pá ia fica style. Bom, o resultado tá ai, escutem e baixem a música a vontade. Falo..

Por Pedro

Saturday, July 22, 2006

Quinta-feira (ou como um fundamentalismo xiita assola os indies paulistanos)




quinta-feira, discotecando na milo, surge de repente uma questão interessantíssima: "por que são os indies tão xiitas?". quem possibilitou uma tal clarividência foi o dago(son) que nos fez perceber quão impossível seria discotecar como havíamos discotecado em qualquer club (auto)entitulado indie que não a milo - de quinta... uma verdadeira discotecagem deve simplesmente dar um foda-se a qualquer tipo de classificação e ter os colhões de colocar um Clap Your Hands Say Yeah, seguido de um hip hop old school como NWA... qual o problema? o importante é levantar a balada, e não se fechar em um fundamentalismo musical tão idiota e empobrecedor; afinal é tão mais fácil encontrar alguma coisa boa se não nos prendermos em preconceitos restritivos (experiência própria, acreditem).
por isso, esse post é para você: que pensa que só há rock no mundo, ou que pelo menos menos só deveria haver rock no mundo e que esteja preparado para negar qualquer tipo de diferença... pois é exatamente isso que fazem aqueles idiotas israelences matar um monte de libaneses inocentes na tentativa de revidar pelo que foi feito pelos, tão idiotas quanto, caras do Hizbollah (mas isso já é um outro post...).

Por Arthur

Friday, July 21, 2006

"Dam!I'm From São Paulo"


Hoje la no blog do six baixei o disco do I'm From Barcelona , mais uma das intermináveis bandas suecas fodidas.
Pô.acho que deveria mudar o nome do projeto para projetson, pintar o cabelo de loiro e virar sueco de uma vez por todas.daí sim o som ficaria fodido.

Por Celo

Thursday, July 20, 2006

programão, aliás uma estréia


É isso ae, tem projeto-soundsystem discotecando hoje la no(a) milo garage. Pra quem não sabe fica na rua minas gerais,203a. Além do projeto-soundsystem vai ter a banca da Peligro,Centro Cultural Batidão e Trator-Cavera.

vaila

O Último - Download

Não faria sentido deixar passar no blog, considerando o gosto de quem o mantém, esse disco para download. Nesse blog vizinho - http://luizyoung.blogspot.com - especializado em cds inteiros para baixar, foi adicionado o American V: A Hundred Highways do Johnny Cash, seu álbum postumo. Como o PSS se preocupa com a parada da Billboard e só menciona discos que estão bombando (não sou bom em sarcasmo), aqui está:

Johhny Cash - American V: A Hundred Highways (2006):

Wednesday, July 19, 2006

Desabafo

Quero ver um show do Silver Mt. Zion... pô!

Por Arthur

Tuesday, July 18, 2006

Notas com Valda


Pô, chicletes Valda são muito foda. Mesmo com um tempo minúsculo de sabor. Ainda está para nascer o gênio que inventará o multiprolongado sabor para as gomas de mascar. Bom, enquanto o Valda vai perdendo o magnífico sabor aí vai umas notas. Ontem eu ouvi, de "canto de ouvido", mais uma pepita de ouro. Trata-se da banda QUASI. O disco, When The Going Gets Dark. Na real o QUASI é uma dupla, Janet Weiss na batera e Sam Coomes nos pianos/guitarras/vocais. Mas não vá pensando que é pouco. Os primeiros segundos da faixa que abre o álbum já anuncia a quebradera que está por vir. Low-fi fudido com pianos fritando e vocais que lembram a fase barbuda de Paul McCartney. Qué mais? Chuta quem produziu a maravilha...sim, ele mesmo, Mr. Dave Fridmann. Nada mais...

Outra, agora em tom de dica, ABRE UMA POUPANÇA. Os shows programados para o semestre que vem são muitos e são fodas.

Mais uma, diretamente para os outros colunistas deste blog, saiu no jornal: "Quase dois anos após a sua morte, o cantor country Johnny Cash aparece no topo do ranking da Billboard com "American V: A Hundred Highways", que em sua semana de estréia vendeu 88 mil cópias. É a primeira vez que o cantor ocupa o primeiro lugar nessa lista desde 1969". É meus amigos....qual é o disco do ano mesmo????

Por Pedro

Saturday, July 15, 2006

In My Mind



Dia 25 de julho Pharrel lança seu novo, e primeiro disco solo.Se é bom?Quem ouviu gostou, e aliás bastante.O disco conta com Snoop Dog, Nelly, Gwen Stefani , Timbaland, Jay-Z, Kanye West, Slim Thug entre outros.
Ouve aê, o "disco do ano"


"My thing is good music is good music," he says. "You bring me one person who's a major super rock head who doesn't know Puffy's song 'It's All About the Benjamins' or 50 Cent's 'Disco Inferno.' Or you bring me a major hip-hop head who doesn't know 'Come as You Are' or 'Jeremy.' Or you name somebody who loves R&B who doesn't know Dolly Parton's 'Workin' 9 To 5' or 'The Dukes Of Hazard' theme song - they know these songs because these songs transcended beyond their own genre and just established themselves as great timepieces. That's what music is supposed to be, the soundtrack of your life."

Monday, July 10, 2006

Rock que é Rock memo

Assiste e Chora

DSjr

Por Pedro

Friday, July 07, 2006

O último


Integridade de quem correu atrás da vida e bateu nela. Esse é o legado de Johnny Cash. Assim ele se mostrou ao mundo. Depois de 50 anos de música, as últimas notas que o Men in Black gravou no seu estúdio foram reunidas no que o produtor Rick Rubin chamou de “the final statement”. American V: A Hundred Highways saiu na terça feira e quem ouviu gostou. Afinal é Cash. Seguindo a linha da série American, esse disco traz covers e músicas de autoria de Johnny. A voz, inconfundível, aparece cansada, mas com o impacto de sempre. É impossível não acreditar no que Johnny Cash canta. Mesmo porque, além da voz, ele tinha o dom de transformar qualquer cover em música própria. Não acredita? Então escuta que você vai ver só. Bom taí a dica da semana, e pra mim não tem TV on the Radio nem Islands, o melhor disco do ano é de Johnny Cash.
ps: pra ouvir um pouco http://www.myspace.com/johnnycash

Por Pedro

Como começar um blog

parece sempre difícil escolher um caminho para dar vida a um blog como este. nunca se sabe exatamente o que dizer, ou contar, explicar; fica sempre a questão de parecer inovador, mas sem precisar necessariamente se utilizar de uma forma radical demais.

então vejamos: eu poderia escrever aqui sobre alguma novidade musical recente... falar de como o Return to the sea do Islands vai ser provavelmente o disco do ano ou como o novo disco do TV on the Radio também tem tudo para ficar para a História. mas, fazendo isso simplesmente nos tornamos um quero-ser-pitchfork (com todo respeito a eles, é claro...) que repete frasezinhas prontas sobre questões lógicas (é lógico que o Return... vai ser o disco do ano...) sem adicionar nada de novo a isso.

certo, poder-se-ia começar então contando da noite história que foi a de ontem na milo garage, com direito a um show inesquecível do Totonho e os Cabra, uma discotecagem incrível do Centro Cultural Batidão e o Bonde do Rolê colocando a garagem a baixo... que noite... mas assim as pessoas que nos lêem poderiam se chatear com uma descrição dessas à la Álvaro e provavelmente não nos leriam mais... compreensível eu penso, porque realmente não tem nada mais chato do que alguém se mostrar logo de cara com a pretensão de se fazer invejar por ter participado de uma noite tão marcante. péssimo começo, eu diria...

então temos uma terceira opção, que seria a de compartilhar com os leitores uma grande paixão musical minha: Jens Lekman - um cantor sueco que desistiu da música para trabalhar em um bingo, mas logo percebebeu que o forte dele era realmente fazer músicas lindas e ingênuas sobre as mulheres da sua vida, com as quais se apaixonou em passeatas anti-guerra, fumou charutos do pai ou simplesmente foi preso por pintar um palavrão no caro do pai dela e, na cadeia, usar sua única ligação telefônica para dedicar a ela uma música no rádio... mas eu não sei... talvez seja uma abertura emocional muito grande para um começo de blog, afinal, não queremos parecer muito emotivos, não é mesmo? se não iríamos logo para a galeria do rock e pronto...

certo... como então deve-se começar um blog? pergunta difícil, com certeza, para a qual não há necessariamente uma resposta certa - só o bom senso... por isso eu proponho que comecemos esse blog como se deveria começar todas as boas coisas da vida: com "Race for the prize" dos Lips...

Por Arthur

Thursday, July 06, 2006

opa

bem vindo ao projetosounsystem.