Tuesday, October 23, 2007
Thursday, October 18, 2007
Chrome Dreams
Neil Young - Chrome Dreams II
Em tempos de colapso mental, de dúvidas perante o futuro e de faltas, surge Neil Young, o novo Neil Young, surge Chrome Dreams II. Depois de uma cruel espera, de uma luta contra a ansiedade e contra a raiva ao maldito site de uploads que exige tempo de espera entre um daownload e outro eu vi os 99% piscarem na aba do desktop, me ajoelhei, ergui as mãos para o céu e disse: consegui, finalmente! Isso em pleno ambiente de trabalho. Ai ai Neil!
Chrome Dreams II me deixou muito feliz como fã, as dez faixas do álbum parecem reminiscências de toda a carreira de Neil. Consegui visualizar cada uma das faixas num disco da carreira dele. A primeira faixa “Beautiful Bluebird” entraria perfeitamente no After The Gold Rush, violão, gaita, steel guitar, aquele baixão só segurando as notas, backings suaves, melodia linda e tudo o que Neil sabe fazer em termos de folk. “Boxcar” vem em seguida e, pra mim, tem uma pegada Tonight’s The Night. Então vem o odisséia “Ordinary People”, são 18 minutos de distorção estilão Zuma. Essa música me surpreendeu, quase chorei ao ouvir os solos, fiquei imaginando o homem socando a old black como nos velhos tempos, mas a faixa não para por ai, ainda tem sopros, piano com um efeito brega, tudo envolvendo a letra que é uma pedrada... maravilha. “Shining Light” é uma balada meio brega, meio música tema, sei lá, mas é boa, o velho Neil sabe fazer até um bom brega, essa ai me pegou na idéia das reminiscências. A quinta faixa é um absurdo! “The Believer” é meio soul, meio swingada, com backings simples mas sensacionais, órgão, pianinho, tudo levado pela batera imutável. “Spirit Road” se encaixaria no time fuzz do Zuma, rock n’ roll do bom, guitarrada, assim como a faixa que segue, mas essa merece um destaque. “Dirty Old Man” mostra que o “pai do grunge” ainda tem força pra pisar no pedal e explodir. A música tem espírito lo-fi, espírito garagem fudido! De deixar muita camisa de flanela com o queixo no asfalto. American Stars ‘N Bars é o lugar da oitava faixa Ever After. A penúltima novamente nos traz o prazer de ouvir Neil socar a guitarra por mais de dez minutos, “No Hidden Path” tem quatorze na verdade. Fechando o disco temos “The Way”, uma balada cantada em coro, meio musical, levada por um piano. Linda maneira de acabar o álbum.
Chrome Dreams II foi batizado em “homenagem” ao disco de 1977 que foi descartado por razões desconhecidas. O que se sabe é que diversas músicas que deveriam ter saído nele viraram clássicos de Neil em outros discos, como "Pocahontas", "Sedan Delivery", "Powderfinger", "Look Out for My Love" e "Like a Hurricane". Toda a documentação e a arte original do Chrome Dreams foi perdida num incêndio que destruiu a casa do Neil em Malibu no inicio de 1978.
Esse Chrome Dreams de 2007 não é uma obra prima, mas é honesto e traz um apanhado da carreira de Neil pra dar gosto aos fãs, e isso é o que importa.
Continuo sonhando com o show dele, todos os dias....
Por Pedro
Tuesday, September 25, 2007
Flaming Lips
The Flaming Lips - The Supreme Being Teaches Spiderman How To Be In Love
The Flaming Lips - I Was Zapped By The Lucky Super Rainbow
Falar bem do Flaming Lips já virou redundância. Cada coisa nova que vaza pela rede mundial de computadores me impressiona mais. Como pode, meu deus? Eles simplesmente não param! Depois de lançar um DVD ao vivo que deve ser o maior absurdo de todos os tempos, Wayne Coyne, o cara mais legal do mundo, e companhia investem nas trilhas sonoras, o que não é novidade para a banda de Oklahoma que já integrou trilhas como Batman, Suburbia e Bob Esponja, lembram-se da fantástica SpongeBob and Patrick Confront the Psychic Wall of Energy? Pois é, mais duas músicas maravilhosas dos Lips estão por ai para iluminar nossas vidas.
The Supreme Being Teaches Spiderman How To Be In Love está na trilha da terceira aparição do Homem-Aranha nas telonas e é uma beleza daquelas que acompanham dias nublados em que repensamos nossas vidas, ou momentos, ou simplesmente imaginamos o gosto de um futuro próspero. Piano, cordas, a voz heróica de Wayne, efeitos eletrônicos e uma letra linda que só.... mais uma pérola da melhor banda em atividade no universo.
I Was Zapped By The Lucky Super Rainbow aparece na trilha de Good Luck Chuck, um filme que nao sei do que se trata, mas estrelado por Jessica Alba, o que nos leva ao segundo motivo pra ver a película. Quer saber o primeiro? Então escute esse convite à pista com direito a dancinhas malucas, bater de palmas e pulos alucinantes! Essa outra nova música do Flaming Lips me fez imaginar o trio retirando um disco do The Cure do armário após uma sessão de ensaios do At War With The Mystics. Sim, esta é pura celebração, sintetizadores, palminhas, guitarrinhas agudas com pegada funkiada aparecendo de vez em quando, vozes cantando Ahhhhhhhhs e Yeaaaahs e tudo o que você sabe que tem espaço nas celebrações “Lipanas” (hahahaha).
Então faça um favor a sua vida e escute essas músicas e tudo o que o Flaming Lips lançou e lançará nessa vida.
Por Pedro
Tuesday, September 11, 2007
Monday, September 10, 2007
Wednesday, September 05, 2007
Simplesmente Cash & Nelson
Johnny Cash & Willie Nelson - VH1 - Storytellers
O mundo da música muitas vezes nos presenteia com momentos mágicos. Momentos que não deixam dúvida sobre a existência de gênios, de lendas, de heróis. Em 1998, a VH1 resolveu escrever mais um capítulo dentro dos amplos exemplos mágicos da história e chamou ninguém menos que Johnny Cash e Willie Nelson para participarem da série VH1 Storytellers. O que dizer de um show com os dois Titãs? O que esperar se não uma monstruosidade? Sim, monstruosidade, ou vai me dizer que não são dois monstros? A idéia é simplesmente perfeita, os dois, cada um com seu violão, suas músicas e as histórias por de trás das canções. Ali, no palco, está um laço de amizade que dividiu décadas de vida, o que faz deste álbum praticamente um jantar seguido de roda de violão na sala de um deles. Entre clássicos como (Ghost) Riders In The Sky, Don’t Take Your Guns to Town, Flesh And Blood, Funny How Time Slips Away, Folsom Prison Blues e On The Road Again, Cash e Nelson contam como essas músicas surgiram, fazem piadas, elogiam o trabalho um do outro, ou seja, é uma beleza que só. Pra dar um gostinho: “...we got water, and coffee and hot chocolate, what’s goanna happen to our image?” Willie pergunta. “Long as we keep wearing black I think we might be all right, I don’t know” Cash responde.
Gostaria de agradecer de coração a VH1 por nos dar mais esse mágico momento.
Por Pedro
Tuesday, August 28, 2007
Eureka é Vibe
Jim O'Rourke - Eureka
Todos os meus dias da semana começam no metrô, quando eu saio das infernais linhas vermelha e azul e consigo um pouco de espaço na verde. Eu digo que ele começa ali, entre a estação Paraíso e a Brigadeiro, porque é nesse intervalo em que geralmente saco um livro da mochila. A leitura me acompanha até a fila da Ponte Orca (transferência gratuita para os trens da CPTM feita por peruas) onde eu passo o fone do iPod por dentro da camiseta e escolho a trilha sonora do percurso. Dependendo do meu estado de espírito eu continuo ouvindo música até a faculdade ou eu volto a leitura no trem, não consigo ler e escutar música, adoraria, mas a DDA...
Hoje a manhã estava cinza como eu gosto. Então embarquei na Orca com o belo Eureka aos ouvidos. Ouvir esse disco direcionaria os meus pensamentos nesse dia, mas calma, para explicar o que vem a seguir tenho que contar o que veio antes. Chegando no trem o disco de Jim O’Rourke estava nas últimas faixas quando uma vontade muito estranha e súbita me abateu, precisava escutar um Dub. Mandei um Easy Star All-Stars rasgando a Duberia no Pink Floyd, é a única coisa Dub que possuo no toca mp3s. Só sei que entrei numa “vibe” (muito ‘jovem’, diriam pessoas do departamento) muito boa. Descobri que Dub é pra se ouvir em dias nublados, bla bla bla se você discorda absolutamente, pra mim faz todo o sentido. Saindo do trem, estação Jurubatuba, o clima estava perfeito, então voltei ao que interessa nesse post gigantesto e um tanto romântico. Novamente presenteei meus ouvidos com o sensacional Eureka, de Jim O’Rourke. Foi então que aquela ‘vibe’ citada se misturou com a letra da primeira faixa do Eureka, “Prelude To 110 Or 220/Women Of The World” e eu viajei numa idéia de deixar um hippie no chinelo.
Women of the world take over
Cause if you don’t the world will come to an end
And it won’t take long
Por oito minutos O’Rourke repete esta simples letra de maneira suave, acompanhado de um instrumental meio pós-country/indie pop (inventei essa). Bom, a música + a ‘vibe’ + o momento sentimental em que me encontro me levou a pensar que esta letra está absolutamente certa, mas isso no universo espiritual da coisa. Não sei se espiritual seria a palavra correta, mas veja como funcionou o raciocínio: acho que o mundo seria perfeito se todos fossem aquecidos por um espírito matriarcal. Aquele espírito que sentimos queimar quando deitamos no peito de uma mulher e a mente parece repousar com tudo no lugar. E não estou falando do grande amor da nossa vida, mas uma mulher que simplesmente te passe essa paz sem uma explicação lógica, por um carinho simples e sincero....
Eureka é um disco perfeito, bonito que só. Passa do tal pós-country/indie pop a bossanova, passando pela pegada que o seu idealizador, o gênio Jim O’Rourke, mostrou ao mundo com a sua banda Gastr Del Sol. Metais e cordas se juntam a coros cristalinos, freqüências e barulhos preenchem a atmosfera do álbum. Perfeito.
Por Pedro
Labels:
Easy Star All-Stars,
Gastr Del Sol,
Jim O'Rourke
Tuesday, August 07, 2007
BELIEVE
Só pra sentir um pouco do que foi:
Parte dos integrantes do Open Field Church entrou na onda NewRave pelas ruas de Glasgow:
Pra chorar, Open Field Church reverencia o melhor público da sua história, Liverpool é a casa do Open Field:
Por Pedro
Parte dos integrantes do Open Field Church entrou na onda NewRave pelas ruas de Glasgow:
Pra chorar, Open Field Church reverencia o melhor público da sua história, Liverpool é a casa do Open Field:
Por Pedro
Thursday, August 02, 2007
pós-nostalgia
O projeto: foi a minha primeira banda de verdade, foi nele, durante os ensaios, que eu senti a realização do sonho de ter uma banda. Embarcamos no começo de 2003 nos embalos do post-rock, éramos um trio, eu (Pedro), Marcelo e Arthur. No primeiro final de semana de ensaio, juro que durante dois dias só saímos do estúdio pra comer, fizemos um Ep, fizemos umas cinco seis musicas, se não sete. Com o passar do tempo o trio cresceu atingindo o pico de 9 integrantes em ação no palco. Os anos passaram, a música evoluiu e tudo parecia ir bem, mas de tempo em tempo a banda parava, não consigo encontrar uma razão, conversamos sobre isso diversas vezes, mas não achamos saída. Hoje a banda está parada, um dos integrantes mandou uma mensagem triste, um cara que eu nunca imaginei falar o que falou, mas ele está certo e ainda bem que ele fez isso, me fez perceber o tempo perdido... hoje eu escutei essa faixa gravada ao vivo na Gang Cultural, nem me lembro o ano, 2003 ou 2004, me deu uma vontade absurda de reunir essa trupe novamente, quem sabe nesse ano não sai alguma coisa de verdade....
Ps: Edu, você é o cara, se ta ligado. Desculpa.
projeto: 10'
Por Pedro
Wednesday, July 18, 2007
The True West By The True Cowboy
Johnny Cash - Sings The Ballads Of The True West [Bonus Tracks]
Johnny Cash é um dos gênios da música mundial, isso eu tenho certeza, além de ser meu terceiro pai, mas isso não vem ao caso. E uma das vertentes em que Cash sempre investiu foi nos álbuns conceito. Johnny Cash Sings The Ballads Of The True West é um disco daqueles que ultrapassam a música e atingem outros patamares. Pena que o pop é pop demais para o Country, se não esse disco seria lembrado como o sargento dos Beatles ou as músicas de estimação dos Beach Boys. Mas vamos ao que realmente interessa. Johnny Cash canta e narra a vida no Oeste como ela foi descrita por cowboys que sangraram, amaram e viveram nos tempos das diligencias e dos duelos. As músicas são levadas por arranjos dos mais verdadeiros em termos de música country, mas o que se destaca é o poder inatingível da voz de Johnny Cash. Banjos, gaitas, coros com vozes femininas, letras e histórias de se encher os olhos, meu deus eu posso passar a vida elogiando esse disco. Para os fãs do Man in Black este é um disco essencial. Para os fãs de música este é um disco essencial. Este disco é maravilhoso. Eu amo Johnny Cash.
Por Pedro
Tuesday, July 17, 2007
Take Me Somewhere Else
Turin Brakes - The Optimist Lp
Cansei de ver isso aqui morto. Me bateu uma tristeza tremenda. Então, novamente tentarei reativar esse blog, prometo não parar na segunda postagem como a outra vez.
Ontem eu estava em casa e já me preparava para dormir, então fui escolher um disco para esquentar o edredom, foi ai que eu me deparei com The Optimist Lp, da dupla Turin Brakes. Esse é um daqueles discos que marcaram a sua vida, apesar de não constar nem no seu top 20. É, sabe quando isso acontece? Pelo menos pra mim acontece. O disco é de 2001, mas pelo o que eu me lembro ele fez parte da minha vida entre os anos de 2003 e 2004. Acho que o Arthur, integrante desse blog, foi a um show deles na Inglaterra e comprou o álbum. Então ao ouvir eu logo fui com a cara dessas canções. A primeira faixa, “Feeling Oblivion”, a faixa que marcou mesmo os últimos anos com deze como prefixo, bateu como um soco de nostalgia, fiquei então duas horas vendo fotos e lendo coisas antigas que escrevi, piegas convicto. The Optimist Lp é recheado com folk pop manso e bonito, belas melodias de violão acompanham vocais suaves e letras bem universais, não há quem não se identifique com alguma. “Future Boy” narra bem uma geração que espera de si mesmo um futuro melhor. Enfim, este disco é um excelente companheiro para cigarros na janela, saca?
Por Pedro
Wednesday, May 30, 2007
Open Field Church Saved My Life
Eu realmente não consigo escrever o que foi isso. Se você deseja saber um pouco mais, ou se você foi ver o mestre Kieran (Four Tet) e ficou indignado com o Open Field Church, visite o blog do Dago, Be My Head.
Open Field, With A Window
Open Field, With No Child
Por Pedro
Monday, May 28, 2007
Faíscas pop galopantes
Sparklehorse - Dreamt For Light Years In The Belly of a Mountain
Eu já disse que o blog anda morto, já enchi o saco dos outros responsáveis pelo site e com isso eu mesmo quase desisti de postar, mas os comentários recebidos no post do EP Arcade Fire/Bowie resultaram numa nova vontade de escrever e dividir cultura. Afinal os mp3 blogs são uma ferramenta com um potencial de disseminação musical incalculável. E no meu ponto de vista, que é de alguém que tem banda, a música não foi feita para mofar em prateleiras de lojas, mas isso envolve outras discussões. O que eu gostaria de deixar claro nesse abre é que esse blog continua, firme e forte, dividindo o gosto e o conhecimento musical de seus integrantes para que essa rede de “musicólatras” não perca mais uma fonte de material, por menor que for.
Dreamt for Light Years in the Belly of a Mountain é o quarto album do Sparklehorse, projeto de Mark Linkous. O disco saiu em setembro do ano passado depois de uma espera de cinco anos entre o lançamento anterior, It’s a Wonderful Life. Durante esses anos Mark abandonou tudo e mudou-se para a Carolina do Norte, onde trabalhou cautelosamente no álbum. Resumindo as suas frustrações, pessoais e profissionais, além da sua luta contra as drogas, Mark reuni diversos seguimentos da beleza pop conhecida. Baladas passeiam por vozes agudas e graves, timbres limpos e distorcidos, sobra até espaço para músicas com mais pegada, mais indie rock. Dreamt for Light Years conta ainda com a presença ilustre de diversos amigos de Mark. Dave Fridmann, pra começar. O gênio por de trás da produção do Flaming Lips não só produz algumas faixas como toca diversos instrumentos no álbum. Curte Flaming Lips? Pois não é só isso, pois o outro gênio por de trás das baterias, pianos, guitarras, arranjos e a puta que o pariu Steve Drozd toca bateria em “It’s Not so Hard”. Quer mais? Que tal Tom Waits? Sim, o próprio, mas calma, não vá esperando aquela coisa do tipo “puta que o pariu, é o Tom Waits!”, não a sua presença é mais foda que isso, ele simplesmente toca um pianinho em "Morning Hollow", mas quer participação mais foda que essa? Bom sem mais delongas, esse é um belo disco que vale a pena. Só mais uma coisa, eu li isso numa resenha e achei muito correto, algumas músicas têm uma fragilidade tão bela que parece que vão esfarelar a qualquer segundo. Lindo!
Por Pedro
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Monday, May 21, 2007
Bisteca Filmes
Bom, jabá é jabá, portanto irei direto ao assunto. Eu, Pedro (aka o cara que ainda tenta levar esse blog adiante), estou abrindo uma produtora com mais 4 amigos da faculdade, a Bisteca Filmes. Montamos um blog para a divulgação inicial e já postamos o primeiro episodio de uma série intitulada Os Calegos, toda produzida em Stop Motion de Lego. Confira e divulgue. Precisando e/ou querendo os serviços entre em contato.
Por Pedro
Wednesday, May 09, 2007
Eu to tentando...
Arcade Fire/David Bowie - Live Ep
Vocês estão vendo, se é que alguém ainda visita esse blog, eu estou tentando reviver esse meio de informação e abastecimento de música, e muitas vezes de idéias boas e ruins. Bom hoje eu achei esse Ep perdido, Arcade Fire e David Bowie, juntos, três músicas, lindo!
Por Pedro
Tuesday, May 08, 2007
Comes a Time, it always comes...
As vezes eu acho que o dia poderia ser um eterno pôr-do-sol numa varanda de ilha bela, com o seu amor sobre os braços e Neil young cantando Comes a Time....
Por Pedro
Por Pedro
Friday, April 20, 2007
Arquitetura da Paciência
Música nova do Architecture in Helsinki, indie-esquisitinho batidão, FUDIDO. Batuques, palmas, coro, vozes doces, o jeito simples e maravilhoso de se fazer pop que o Architecture tem.
Pô, eles assinaram com a Polyvinyl, já disseram que o disco tá pronto, já teve até um deles discotecando por aqui.... Cadê o disco? Haja paciência.
caso o embeededdededed não funcione entra no link aqui.
Por Pedro
Friday, April 13, 2007
Chora fio
O que falar de uma banda como o Flaming Lips? Melhor não falar nada, calar a boca e cagar um tijolo.
Por Pedro
Wednesday, April 04, 2007
Tuesday, March 27, 2007
Thursday, March 08, 2007
Wednesday, March 07, 2007
Lembra do especial Lou Barlow?
Lou Barlow - Mirror The Eye(Ep)
Eu falo que o Lou Barlow é foda. No meio do vendaval revival Dinosaur Jr e Sebadoh, ele arranjou um tempinho para gravar um Ep rápido, simples e lindo.
Em Mirror The Eye Lou segue o estilo de seu disco solo, Emoh. As músicas são suaves, com belas melodias, belas letras e com levada folk. A segunda faixa escapa um pouco disso com uma guitarra distorcida ala The Folk Implosion (outro projeto de Barlow).
Ta ai um Epzinho massa, com 12 minutos, pra provar que o homem não para. Agora, será que alguém poderia trazer ele pro Brasil? Mais que isso, poderiam, por favor, trazê-lo acompanhado das trupes do Dinosaur Jr e do Sebadoh?
Por Pedro
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The Folk Implosion
Thursday, March 01, 2007
Revolta ou Wanna Be A Snowman
Dae, to putão hoje. Como minha avó querida diz: acordei com a pá virada. Acordei atrasado, me senti uma sardinha assando na porra do metrô ultra lotado, me senti um leitão assando na fogueira com esse calor maldito... enfim, putão com o Brasilzão de meu Deus.
Agora, as pessoas “patriotas” ficam pasmas com a minha revolta com o país em geral, principalmente na música. Eu gosto de algumas coisas nacionais sim, sem listas, mas olha só pra esse trailer. Isso sim é uma cena musical descente. A Islândia é muito foda.
Trata-se de um documentário chamado Screaming Masterpiece que mostra a cena musical de um país com uma porcentagem bandas/habitantes de dar inveja. Sigur Rós, Björk, Múm e muitas outras pepitas da música experimental/alternativa aparecem para contar e cantar a história.
Para assistir o trailer oficial, e mais legal: Screaming Masterpiece
Por Pedro
Agora, as pessoas “patriotas” ficam pasmas com a minha revolta com o país em geral, principalmente na música. Eu gosto de algumas coisas nacionais sim, sem listas, mas olha só pra esse trailer. Isso sim é uma cena musical descente. A Islândia é muito foda.
Trata-se de um documentário chamado Screaming Masterpiece que mostra a cena musical de um país com uma porcentagem bandas/habitantes de dar inveja. Sigur Rós, Björk, Múm e muitas outras pepitas da música experimental/alternativa aparecem para contar e cantar a história.
Para assistir o trailer oficial, e mais legal: Screaming Masterpiece
Por Pedro
Wednesday, February 28, 2007
Friday, February 23, 2007
era uma vez no oeste...
já ouviu o disco Prarie Wind do mestre Neil? então, antes de tudo, se não ouviu eu não sei o que você está fazendo aí! mas se você já ouviu, você deve ter percebido a beleza que é o violão nesse disco... certo que boa parte dessa beleza vem das mãos de quem toca; mas com certeza uma outra parte significante vem do próprio violão. é um martin de meados da década de 30 com um som impecável - mas não é só isso! esse violão pertenceu a ninguém menos que a um mito da música country americana Mr. Hank Williams. não é a toa que esse disco é tão foda!
Hank faz músicas simples mas cativantes; honky tonks belíssimos; todos cantados com a sua voz, digamos: sincera. em 4 anos (ele morreu com 29) gravou uma imensidão de canções, algumas delas imortalizadas por outros gênios como nada menos que Johnny Cash. mas nada se compara com ouvir ele próprio cantando as suas músicas, de um jeito que, por mais que se tornou banal, era, na época, tão particular dele que parece transcender essa banalidade e se tornar único e perfeito.
aí vai, então, uma coletânea dupla com 40 dos maiores sucessos dele. suficiente, convenhamos, para começar a conhecer esse gênio...
Hank faz músicas simples mas cativantes; honky tonks belíssimos; todos cantados com a sua voz, digamos: sincera. em 4 anos (ele morreu com 29) gravou uma imensidão de canções, algumas delas imortalizadas por outros gênios como nada menos que Johnny Cash. mas nada se compara com ouvir ele próprio cantando as suas músicas, de um jeito que, por mais que se tornou banal, era, na época, tão particular dele que parece transcender essa banalidade e se tornar único e perfeito.
aí vai, então, uma coletânea dupla com 40 dos maiores sucessos dele. suficiente, convenhamos, para começar a conhecer esse gênio...
Friday, February 09, 2007
9 de fevereiro de 1989 é hoje!
Dinosaur Jr. - Beyond
Apesar de ter sido as 5:25 da manhã, eu acordei como o espírito “nada como uma sexta-feira” hoje. Após escovar os dentes me lembrei: Dinosaur Jr. NOVO! Desci no elevador preparando os fones, e enquanto uma mão abria o portão do edifício a outra dava o play em Beyond, o novo disco que marca a volta de umas das bandas mais legais da historia, em sua formação original, o Dinosaur Jr.
Por conta do horário de verão ainda estava escuro as 6:00, hora esta em que eu ouvia os primeiros segundos do disco. Uma alegria absurda tomou conta de mim, as músicas explodiam no talo e, enquanto as pessoas passavam por mim com cara de “sou paulistano, estou estressado e quero dormir”, eu sorria e repetia os solos de Mascis com movimentos dignos de um mestre do airguitar sem a mínima vergonha. No metrô, alguns iriotas me olhavam com cara de “abaixa essa porra de música filho da puta”, mas eu não dava a mínima bola, batucava no ferro de apoio, balançava a cabeça e batia o pé contando o ritmo. O disco acabou chegando na estação cidade universitária. Fui de lá até jurubatuba sem ouvir mais nada, pois foi impossível pensar em o que ouvir após aquilo e, claro, com medo de ficar surdo.
J. Mascis, Lou Barlow e Murph não gravavam juntos desde 1988, quando saiu o clássico BUG. Barlow foi chutado fora do barco depois desse disco. Mas ao ouvir Beyond você tem a impressão que ele foi lançado em 1989. O álbum é aquilo que um fã de Dinosaur Jr espera: distorções comendo, solos absurdos de foda, vocal rouco, bateria nervosa, Lou Barlow de volta, tudo no melhor estilo camisas de flanela. Eles conseguiram.
PS: gostaria de agradecer o meu amigo Six, o responsável pelo grande sucesso chamado Polaroid Rainbow, por subir e me ceder o link do disco. Muito Obrigado.
Por Pedro
Thursday, February 08, 2007
Yes, We Love
Hefner - We Love The City
Não me lembro o dia, só sei que era um dia no meio da semana, afinal foi saindo do meu ofício que um querido amigo de trampo, vulgo Six, me esticou o braço e falou: “Leva esse aqui, é massa”. Ouvindo isso, um outro querido amigo de trampo, o Leandro, que alias está de blog novo, completou: "é foda mesmo, tem uma música chamada...". Tratava-se de um cd que logo pela capa já me cativou. Saindo do ambiente bem humorado do departamento virtual, fui atacado por sentimentos depressivos que rondavam a minha vida em tempos difíceis. Para piorar não tinha ninguém em casa. É engraçado como nessas horas de tristeza nós assumimos um espírito masoquista e cutucamos a própria ferida. Fotos. Resolvi tirar a caixa de fotos da estante. Foi ai que eu me lembrei do disco. Hefner – We Love The City
Outro dia eu entrei no blog do Denem e me deparei com um belo post. Um disco ao vivo do Hefner. No texto ele se referiu ao disco que agora eu subo. Esse post me fez lembrar que os meus colegas de blog não escutaram essa maravilha, então aqui vai.
We Love The City é lindo. É recheado da beleza simples que só o indie-pop pode fazer. Simples nas letras cativantes, repletas de ironias bem humoradas, repletas de amor verdadeiro, amor que ri do outro sem medo. Simples nos arranjos maravilhosos de metal. Simples nas guitarras, no baixo, na bateria, no piano. Simples no jeito em que ele te faz associar lembranças em versos como: “It took a little word, a stupid something, To make you hold me, to make you cling”. Ou: “Don't go, don't change, just stay the same, Don't leave, don't try, don't ask me why”. Ou ainda a bela balada Hold Me Closer: “Hold me closer tonight, Say you will, Hold me still, Till the morning, Till the morning”.
Bom, acho que não preciso voltar ao primeiro parágrafo. Imagine você com saudade, olhando para as fotos e ouvindo uma letra dessas:
Your Head To Your Toes
It's a beautiful road from your head to your toes, I will travel it with my fingers barely touching.
It's a sight to behold from your head to your toes,
I will worship it with kisses and cheap wine.
What do you want with me, now you've seen me at my worst?
What do you want with me, can't you see it's absurd?
I have nothing to offer but a small selfish heart.
But I love you from your head to your toes, I do.
It's a valley, so divine, at the base of your spine.
Sometimes I rest there and wish.
We've a nest here to build, we have memories to kill,
Let's waste sometime for a while.
What do you want with me, since you've seen I've been bad.
What do you want with me, can't you see it's so sad?
I have nothing to offer but a small selfish heart.
But I love you from your head to your toes, I do.
Por Pedro
Tuesday, January 30, 2007
"It's shite being Scottish!", or is it not?
no começo de 2001, Gary Lightbody, membro da banda escocesa Snol Patrol, reuniu uma espécie de banda all-stars da cena musical de seu país natal. foram convocados membros do Mogwai, Belle & Sebastian, Arab Strap, Astrid, Mull Historical Society e, é claro, de sua própria banda, Snol Patrol. juntos, gravaram um disco inesquecível, com belas canções cheias de uma tristeza reconfortante e de uma alegria resignada.
no começo de 2007, fui tomado de sopetão e meu dentista me convenceu a arrancar meu ciso - coisa que eu sempre morri de medo de fazer... segundo ele, o dente estava com cárie, mas, depois de extraído, via-se que não era nada mais do que uma má formação da coroa dentária. bem, o dente estava arrancado e minha boca sangrava demais para me preocupar em xingar o dentista...
o que esses dois episódios têm em comum, vocês devem estar se perguntando nesse exato momento. digo-lhes: chegando em casa, a boca sangrando e doendo muito, coloquei Y'all get scared now, ya hear! para tocar. tomei milhares de remédios para aliviar a dor, mas nenhum sortiu mais efeito do que esse simples disco, já antigo, de certa forma, para os padrões contemporâneos. era como se fosse necessário 6 anos para que o disco pudesse encontrar a situação perfeita, na qual ele pudesse me mostrar tudo o que estava lá para ser mostrado, me contar tudo o que merecia ser contado. talvez todos os bons discos sejam assim. há para eles aquele momento perfeito na vida do ouvinte, quando tudo se encaixa e sobra só a música - e que música.
bem, chega de breguices... devo estar abalado por não ser mais um homem completo (ou seja, com todos os dentes...). mas acredito que haja alguma verdade no que disse.
Reindeer Section - Y'all get scared now, ya hear!
por arthur
Thursday, January 18, 2007
Recomeço...
calma... não é o disco novo deles... ainda. fuçando na GRANDE REDE pelo afamado órgão que faz todo mundo chorar e o disco no qual ele aparece, eu acabei trombando com uma coletânea de demos feitas pelo Arcade Fire no ano de 2001. meu deus. os caras já conseguem ser fodas desde o começo...
são 10 canções lindas; menos dançantes e complexas que o que seria feito por eles mais tarde - o que, no final das contas, acaba jogando a favor delas, já que não precisam competir de verdade com o Funeral, por exemplo; o que é muito difícil, convenhamos... é um disco completamente despretencioso, o que pode ser visto em conversas gravadas entre músicas, que dão ao disco um ar aconchegante... é como se estivéssemos lá, dentro de um estúdio improvisado, entulhado de teclados baratos e amplificadores velhos, mas com pessoas que fazem de tudo para contar através da música alguma história bonita ou mostrar alguma coisa que para eles é importante.
bem, de qualquer jeito, mesmo que isso tudo seja só um monte de baboseira, pelo menos ele serve para esperarmos mais ansiosos ainda o disco novo que deve sair logo logo...
Arcade Fire - 2001 Demos
por arthur
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