Friday, February 22, 2008
Tuesday, October 23, 2007
Thursday, October 18, 2007
Chrome Dreams
Neil Young - Chrome Dreams II
Em tempos de colapso mental, de dúvidas perante o futuro e de faltas, surge Neil Young, o novo Neil Young, surge Chrome Dreams II. Depois de uma cruel espera, de uma luta contra a ansiedade e contra a raiva ao maldito site de uploads que exige tempo de espera entre um daownload e outro eu vi os 99% piscarem na aba do desktop, me ajoelhei, ergui as mãos para o céu e disse: consegui, finalmente! Isso em pleno ambiente de trabalho. Ai ai Neil!
Chrome Dreams II me deixou muito feliz como fã, as dez faixas do álbum parecem reminiscências de toda a carreira de Neil. Consegui visualizar cada uma das faixas num disco da carreira dele. A primeira faixa “Beautiful Bluebird” entraria perfeitamente no After The Gold Rush, violão, gaita, steel guitar, aquele baixão só segurando as notas, backings suaves, melodia linda e tudo o que Neil sabe fazer em termos de folk. “Boxcar” vem em seguida e, pra mim, tem uma pegada Tonight’s The Night. Então vem o odisséia “Ordinary People”, são 18 minutos de distorção estilão Zuma. Essa música me surpreendeu, quase chorei ao ouvir os solos, fiquei imaginando o homem socando a old black como nos velhos tempos, mas a faixa não para por ai, ainda tem sopros, piano com um efeito brega, tudo envolvendo a letra que é uma pedrada... maravilha. “Shining Light” é uma balada meio brega, meio música tema, sei lá, mas é boa, o velho Neil sabe fazer até um bom brega, essa ai me pegou na idéia das reminiscências. A quinta faixa é um absurdo! “The Believer” é meio soul, meio swingada, com backings simples mas sensacionais, órgão, pianinho, tudo levado pela batera imutável. “Spirit Road” se encaixaria no time fuzz do Zuma, rock n’ roll do bom, guitarrada, assim como a faixa que segue, mas essa merece um destaque. “Dirty Old Man” mostra que o “pai do grunge” ainda tem força pra pisar no pedal e explodir. A música tem espírito lo-fi, espírito garagem fudido! De deixar muita camisa de flanela com o queixo no asfalto. American Stars ‘N Bars é o lugar da oitava faixa Ever After. A penúltima novamente nos traz o prazer de ouvir Neil socar a guitarra por mais de dez minutos, “No Hidden Path” tem quatorze na verdade. Fechando o disco temos “The Way”, uma balada cantada em coro, meio musical, levada por um piano. Linda maneira de acabar o álbum.
Chrome Dreams II foi batizado em “homenagem” ao disco de 1977 que foi descartado por razões desconhecidas. O que se sabe é que diversas músicas que deveriam ter saído nele viraram clássicos de Neil em outros discos, como "Pocahontas", "Sedan Delivery", "Powderfinger", "Look Out for My Love" e "Like a Hurricane". Toda a documentação e a arte original do Chrome Dreams foi perdida num incêndio que destruiu a casa do Neil em Malibu no inicio de 1978.
Esse Chrome Dreams de 2007 não é uma obra prima, mas é honesto e traz um apanhado da carreira de Neil pra dar gosto aos fãs, e isso é o que importa.
Continuo sonhando com o show dele, todos os dias....
Por Pedro
Tuesday, September 25, 2007
Flaming Lips
The Flaming Lips - The Supreme Being Teaches Spiderman How To Be In Love
The Flaming Lips - I Was Zapped By The Lucky Super Rainbow
Falar bem do Flaming Lips já virou redundância. Cada coisa nova que vaza pela rede mundial de computadores me impressiona mais. Como pode, meu deus? Eles simplesmente não param! Depois de lançar um DVD ao vivo que deve ser o maior absurdo de todos os tempos, Wayne Coyne, o cara mais legal do mundo, e companhia investem nas trilhas sonoras, o que não é novidade para a banda de Oklahoma que já integrou trilhas como Batman, Suburbia e Bob Esponja, lembram-se da fantástica SpongeBob and Patrick Confront the Psychic Wall of Energy? Pois é, mais duas músicas maravilhosas dos Lips estão por ai para iluminar nossas vidas.
The Supreme Being Teaches Spiderman How To Be In Love está na trilha da terceira aparição do Homem-Aranha nas telonas e é uma beleza daquelas que acompanham dias nublados em que repensamos nossas vidas, ou momentos, ou simplesmente imaginamos o gosto de um futuro próspero. Piano, cordas, a voz heróica de Wayne, efeitos eletrônicos e uma letra linda que só.... mais uma pérola da melhor banda em atividade no universo.
I Was Zapped By The Lucky Super Rainbow aparece na trilha de Good Luck Chuck, um filme que nao sei do que se trata, mas estrelado por Jessica Alba, o que nos leva ao segundo motivo pra ver a película. Quer saber o primeiro? Então escute esse convite à pista com direito a dancinhas malucas, bater de palmas e pulos alucinantes! Essa outra nova música do Flaming Lips me fez imaginar o trio retirando um disco do The Cure do armário após uma sessão de ensaios do At War With The Mystics. Sim, esta é pura celebração, sintetizadores, palminhas, guitarrinhas agudas com pegada funkiada aparecendo de vez em quando, vozes cantando Ahhhhhhhhs e Yeaaaahs e tudo o que você sabe que tem espaço nas celebrações “Lipanas” (hahahaha).
Então faça um favor a sua vida e escute essas músicas e tudo o que o Flaming Lips lançou e lançará nessa vida.
Por Pedro
Tuesday, September 11, 2007
Monday, September 10, 2007
Wednesday, September 05, 2007
Simplesmente Cash & Nelson
Johnny Cash & Willie Nelson - VH1 - Storytellers
O mundo da música muitas vezes nos presenteia com momentos mágicos. Momentos que não deixam dúvida sobre a existência de gênios, de lendas, de heróis. Em 1998, a VH1 resolveu escrever mais um capítulo dentro dos amplos exemplos mágicos da história e chamou ninguém menos que Johnny Cash e Willie Nelson para participarem da série VH1 Storytellers. O que dizer de um show com os dois Titãs? O que esperar se não uma monstruosidade? Sim, monstruosidade, ou vai me dizer que não são dois monstros? A idéia é simplesmente perfeita, os dois, cada um com seu violão, suas músicas e as histórias por de trás das canções. Ali, no palco, está um laço de amizade que dividiu décadas de vida, o que faz deste álbum praticamente um jantar seguido de roda de violão na sala de um deles. Entre clássicos como (Ghost) Riders In The Sky, Don’t Take Your Guns to Town, Flesh And Blood, Funny How Time Slips Away, Folsom Prison Blues e On The Road Again, Cash e Nelson contam como essas músicas surgiram, fazem piadas, elogiam o trabalho um do outro, ou seja, é uma beleza que só. Pra dar um gostinho: “...we got water, and coffee and hot chocolate, what’s goanna happen to our image?” Willie pergunta. “Long as we keep wearing black I think we might be all right, I don’t know” Cash responde.
Gostaria de agradecer de coração a VH1 por nos dar mais esse mágico momento.
Por Pedro
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